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terça-feira, 11 de maio de 2010

Buracos nas calçadas dificultam o trajeto de quem anda com carrinhos de bebê


A produção instalou uma câmera dentro do carrinho que dá a sensação de estar dentro, junto com o bebê. E ver o quanto os buracos atrapalham.

Caro leitor, acesse aqui e assista o vídeo, imaginando a situação de um cadeirante.

Tente passear pelas calçadas das grandes cidades com um carrinho de bebê. E você vai encontrar calçadas estreitas, buracos e muitas outras armadilhas.

A gente convida você a se colocar no lugar da criança. Instalamos uma câmera no carrinho de um bebê e passeamos pelas ruas do Rio de Janeiro.

“Aqui tem uma caçamba de lixo, o tapume da obra, na frente tem um hidrante, não sei nem se o meu carrinho vai passar aqui, bateu. Volta e meio a gente tem que atravessar, mudar de calçada, passar pela rua porque não tem espaço na calçada”, conta Fernanda Cortes, mãe do Bernardo.

São muitos obstáculos. Calçada estreita, obra, mesas e cadeiras. A produção da reportagem instalou uma câmera dentro do carrinho que dá a sensação de estar dentro, junto com o bebê. E ver o quanto os buracos atrapalham.

“A roda às vezes prende, e o bebê pode cair do carrinho, é uma manobra pra gente poder passar”, diz Fernanda.

Se passear com um carrinho é complicado, imagine então quando ele é de gêmeos, ou seja, duplo, mais largo? A gente vai acompanhar a Sherazade, mãe do Gael e do Lorenzo pra ver se as dificuldades também aparecem em dobro. Para descer do prédio tem rampa pelo menos.

Vamos ver o que você vai encontrar pela frente. De cara, atravessar a rua é um problema.“Isso é uma rampa, teoricamente era pra gente descer por aqui, mas sempre tem um engraçado que para na frente da rampa. Vamos ver se a gente dá sorte de encontrar outra que não tenha ninguém estacionado”, diz Sherazade.

“Finalmente encontramos uma rampa livre, vamos lá... Bom, mas a rampa é só de um lado, do outro não tem, então a gente tem que levantar, aí o carro embica, é tudo muito complicado”, completa Sherazade.
Haja paciência e... Resistência.
“Bom tem esse pitoco no meio, junta com o desnível, se eu for pra lá eu tenho que ir pra rua. E uma banda pra cima, outra pra baixo e conseguimos! É. Ser mãe não é mole. Um carrinho já é difícil, dois, mais o peso do carrinho você põe aí uns 17 quilos que eu estou empurrando porque cada bebê tem sete quilos”, diz Sherazade.
E o que dizer quando o descaso é tão grande quanto absurdo?
“Gente, não, pára tudo, não consigo, não vai dar. Vamos sentar e tomar um café. Um sofá no meio da calçada!! Onde eu vou? Não vou! Vou pra rua. Olha que lindo, eu vou pra rua! Consegui! Isso tudo pra chegar numa pracinha”, conta Sherazade.

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