A determinação deu início a um novo período na vida do estudante, modificada em 2006 após um acidente o deixar com lesões cerebrais. É com a ajuda de Mara que ele copia as lições e memoriza os ensinamentos. Paga pelo Estado, Mara o auxilia nas tarefas na Escola Estadual de Ensino Médio Ciro de Abreu.
– Fico junto, copio e explico o conteúdo para ele, que lê e responde às questões. A maior dificuldade é fazer com que ele preste atenção o tempo todo – elogia Mara.
Se antes Alex era calado e nervoso durante as aulas, a atenção da monitora mudou o quadro.
Hoje, expressa carinho por ela, e até a postura na escola melhorou, garantem os educadores.
Há cinco anos, a vida de Alex mudou. A caminho da escola, um ônibus o atropelou. Teve traumatismo craniano, perdeu o lado esquerdo do cérebro e passou quase quatro meses na UTI.
Sem parte dos movimentos, tem dificuldades cognitivas. A partir daí, a mãe do adolescente, Luana Barriquett, começou a lutar pela inclusão do filho:
– Sei que ele não vai aprender como os outros, mas quero para ele uma vida o mais normal possível.
Saiba mais
- Em 2008, durante uma internação no Hospital Sarah Kubitschek, em Belo Horizonte (MG), a família de Alex descobriu que poderia solicitar uma pessoa que acompanhasse o adolescente na escola. Lá, recebeu um atestado para que solicitasse um monitor.
- Alex estudava em escola municipal na época, e em três dias a prefeitura conseguiu alguém para acompanhá-lo. Neste ano, porém, com a mudança para o Ensino Médio, a luta por um monitor recomeçou.
- Prevendo a demora na contratação, ainda em outubro de 2010, a mãe do estudante procurou a 24ª Coordenadoria Regional de Educação, mas a solução foi adiada.
- Para conseguir que o Estado garantisse um monitor, a promotora Ginani Pohlmann se apoiou na interpretação do Art. 60 da Lei de Diretrizes e Bases que diz que cabe ao Estado promover às pessoas com deficiência todos os meios para manutenção delas na escola.
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