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terça-feira, 30 de agosto de 2011

Reforço para Alex em sala de aula - Com acompanhamento de monitora, estudante retoma estudo após acidente

Uma decisão judicial uniu Alex Barriquett, 17 anos, e a monitora Mara Rejane Domingues, em Cachoeira do Sul, região central do Estado. Em maio, Alex conquistou, com ajuda do Ministério Público, o direito de ter uma acompanhante em sala de aula para continuar estudando.

A determinação deu início a um novo período na vida do estudante, modificada em 2006 após um acidente o deixar com lesões cerebrais. É com a ajuda de Mara que ele copia as lições e memoriza os ensinamentos. Paga pelo Estado, Mara o auxilia nas tarefas na Escola Estadual de Ensino Médio Ciro de Abreu.

– Fico junto, copio e explico o conteúdo para ele, que lê e responde às questões. A maior dificuldade é fazer com que ele preste atenção o tempo todo – elogia Mara.

Se antes Alex era calado e nervoso durante as aulas, a atenção da monitora mudou o quadro.

Hoje, expressa carinho por ela, e até a postura na escola melhorou, garantem os educadores.

Há cinco anos, a vida de Alex mudou. A caminho da escola, um ônibus o atropelou. Teve traumatismo craniano, perdeu o lado esquerdo do cérebro e passou quase quatro meses na UTI.

Sem parte dos movimentos, tem dificuldades cognitivas. A partir daí, a mãe do adolescente, Luana Barriquett, começou a lutar pela inclusão do filho:

– Sei que ele não vai aprender como os outros, mas quero para ele uma vida o mais normal possível.

Saiba mais

- Em 2008, durante uma internação no Hospital Sarah Kubitschek, em Belo Horizonte (MG), a família de Alex descobriu que poderia solicitar uma pessoa que acompanhasse o adolescente na escola. Lá, recebeu um atestado para que solicitasse um monitor.
- Alex estudava em escola municipal na época, e em três dias a prefeitura conseguiu alguém para acompanhá-lo. Neste ano, porém, com a mudança para o Ensino Médio, a luta por um monitor recomeçou.
- Prevendo a demora na contratação, ainda em outubro de 2010, a mãe do estudante procurou a 24ª Coordenadoria Regional de Educação, mas a solução foi adiada.
- Para conseguir que o Estado garantisse um monitor, a promotora Ginani Pohlmann se apoiou na interpretação do Art. 60 da Lei de Diretrizes e Bases que diz que cabe ao Estado promover às pessoas com deficiência todos os meios para manutenção delas na escola.

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